Segundo um caso clínico apresentado no Journal of Child Neurology , uma criança de 5 anos diagnosticada com autismo severo, e inúmeros problemas intestinais, após investigação, foi descoberta a presença de uma doença celíaca (doença que se caracteriza por uma reacção inflamatória ao glúten, uma proteína presente nalguns cereais), assim como inúmeras deficiências de nutrientes essenciais.Com o início do tratamento para a doença celíaca (que passa principalmente pela implementação de uma dieta sem glúten) e com a reposição do seu estado nutricional, parte dos sintomas de autismo diminuíram significativamente.
Este estudo vem reforçar ainda mais a importância dos distúrbios gastrointestinais no autismo.
Comentários:
- a implementação de uma dieta sem glúten e sem caseína, assim como a suplementação nutricional especifica, são alguns dos passos iniciais da abordagem biomédica ao autismo;
- segundo os dados do ARI (Autism Research Institute), 66% de 2561 pais de autistas que implementaram esta dieta aos seus filhos, referem melhorias nos sintomas;
- este efeito benefico desta dieta deve-se ao facto de que, muitas destas crianças não conseguem fazer a digestão total destas duas proteinas: a caseína e o glúten, produzindo, a nível intestinal, compostos com efeito opioide: as caseinomorfinas e a gluteomorfinas.
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